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5 mitos sobre o trabalho remoto

No passado, costumávamos ver o trabalho remoto como um grande desafio que precisamos superar. Mas, se bem feito, um ambiente remoto pode levar sua equipe ao sucesso. É verdade que algumas equipes podem nunca conseguem prosperar nesse ambiente, e é assim que os mitos começam. Aqui estão alguns mitos comuns sobre o trabalho remoto que você já deve ter ouvido falar – mas que podem ser desmentidos por meio de dados e de nossas próprias experiências.

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Mito 1: Trabalhadores remotos são solitários e infelizes

Existem certos clichês que podem surgir quando você pensa em trabalho remoto: um consultor em um quarto escuro ou um engenheiro que nunca sai de casa ou vê outro ser humano, exceto talvez o entregador de pizza.

Na realidade, a vida cotidiana de um trabalhador remoto raramente se sente isolada. Trabalhar remotamente não significa apenas trabalhar em casa e evitar todas as interações sociais. A popularidade das equipes remotas criou um mercado para os espaços de coworking, enquanto as bibliotecas, cafeterias e os restaurantes adicionaram estações de carregamento e áreas “tranquilas”, ideais para trabalhadores remotos que desejam sair de casa. Isso significa que muitas pessoas têm acesso às suas comunidades locais, constroem conexões horizontais e se relacionam com outros trabalhadores remotos em sua área.

Além disso, muitas pessoas escolhem o trabalho remoto porque acreditam que isso melhora sua qualidade de vida e permite que elas se sintam como pais, amigos ou parceiros melhores. De acordo com o FlexJobs, os quatro principais motivos relatados pelas quais as pessoas buscam trabalho flexível são equilíbrio entre vida profissional e familiar (75%), família (45%), economia de tempo (42%) e redução do estresse no trajeto (41%). As pessoas se sentem mais felizes e mais produtivas quando têm controle sobre seus horários e suas vidas.

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Mito 2: A qualidade da comunicação diminui

Outro mito popular frequentemente associado ao trabalho remoto é que ele leva a uma comunicação ruim. Algumas pessoas acreditam que, para serem bem-sucedidas, as equipes precisam de muito tempo fisicamente juntos e não conseguem se mover tão rápido em um ambiente remoto.

É verdade que o gerenciamento de fusos horários pode ser difícil no caso de empresas com pessoas espalhadas pelo mundo e alguns projetos realmente exigem colaboração cara a cara. Muitas empresas remotas bem-sucedidas ainda levam suas equipes para um local compartilhado para iniciar projetos de alta prioridade e dividirem um tempo hospedados no mesmo hotel ou mesma região. No entanto, não é necessário trabalhar no mesmo local ou mesmo no mesmo fuso horário.

Ferramentas contemporâneas, como as de troca de mensagens, gerenciamento de tarefas, documentação em nuvem, videoconferência, softwares de colaboração etc. permitem criar hubs de colaboração que acompanham todos os projetos e interações de sua equipe.

Além disso, vemos que a diferença de fuso horário incentiva cada colega de equipe a ser mais autônomo e também mais claros na forma como nos comunicamos. Por fim, as pessoas que dominam essas duas habilidades formam equipes mais fortes e têm uma vantagem competitiva em relação àquelas em que as pessoas precisam de muita colaboração presencial/por vídeo para tomar qualquer decisão.

Mito 3: Reuniões remotas são ineficazes

O mito de que as reuniões online são ineficazes pode ser contestado examinando dois grandes benefícios da hospedagem de reuniões remotas:

Mais trabalho de preparação leva a uma maior eficiência. As reuniões remotas geralmente exigem mais planejamento com antecedência. Convidar as pessoas certas, criar uma agenda/pauta e pedir que as pessoas façam a lição de casa dá aos participantes a oportunidade de estarem bem preparados e orientados para a ação durante a reunião.

Reuniões remotas criam um senso de urgência. Você não quer perder tempo com ninguém, se o seu companheiro de equipe estiver a onze horas de distância e ligando para você tarde da noite ou de manhã cedo, portanto, elabore um plano claro e uma lista de itens de ação após cada reunião.

Vale inclusive ler o artigo Porque reuniões desperdiçam tempo e como podem ser melhoradas para otimizá-las.

Mito 4: a produtividade diminui

Algumas pessoas vêem aqueles que trabalham de casa como preguiçosos que nunca tiram o pijama. É difícil encontrar dados sobre as escolhas de moda dos trabalhadores remotos, mas certamente sabemos que 65% das pessoas se sentem mais produtivas em um ambiente de “trabalho em casa”.

Muitas empresas preferem um layout de escritório aberto, mas a maioria das pessoas relata que se sente distraída e estressada nesse tipo de ambiente. Outras estatísticas sobre escritórios abertos também são bastante sombrias: 31% das pessoas “guardaram seus verdadeiros pensamentos e opiniões durante as chamadas no escritório porque não querem que colegas de trabalho as ouçam e julguem” e 16% das pessoas sentem que “a qualidade geral da saúde diminuiu” nos escritórios de plano aberto.

Portanto, poder sair de casa geralmente ajuda a se concentrar e também na comunicação – as pessoas sentem-se empoderadas para falar o que pensam e podem criar um vínculo com seus colegas de trabalho.

Como deixam de perder tempo com trânsito, os trabalhadores remotos passam a ter mais tempo para outras atividades, e estas podem ser atividades sociais como se exercitar, resolver pendências na rua, etc.

Mito 5: A cultura de equipe é inexistente

A cultura de uma empresa é composta pelos valores, crenças, atitudes e comportamentos compartilhados por uma equipe. É como as pessoas trabalham juntas em direção a um objetivo comum e, freqüentemente, é a estrutura ou guia que um funcionário usa para tomar decisões de forma independente.

A cultura da equipe é definida, não diminuída, por meio de colaboração remota. É verdade que a construção de uma cultura de equipe remota exige repensar todas as convenções que as equipes colocadas usam, desde o recrutamento e a integração ao desempenho dos funcionários e progressões na carreira até a colaboração e o gerenciamento de projetos. No entanto, se bem comunicada, a cultura da equipe pode ser muito forte em equipes remotas. Valores compartilhados permitem que as pessoas ajam de forma independente, mas sentem que pertencem a um grupo maior, unido pelo mesmo objetivo.

Algumas das práticas são recomendadas para ajudar a criar uma cultura de equipe:

  • Crie um espaço para delinear seus objetivos e valores em equipe. Colabore com seus colegas para apresentar sua missão, visão e valores fundamentais e descrevê-los em um documento compartilhado ou em um quadro branco virtual, para que todos possam revisitá-lo e garantir que seus objetivos pessoais e OKRs estejam alinhados com ele. Defina check-ins trimestrais ou mensais para acompanhar o desempenho com base nesses valores.
  • Lidere pelo exemplo. Quando se trata de um modelo de trabalho flexível e saudável, os gerentes podem dar o exemplo. Quando os líderes estão aproveitando o trabalho remoto e flexibilizando as opções de trabalho, fica muito mais fácil para os funcionários seguirem seus passos.
  • Seja atencioso. Se for de manhã ou quase na hora do jantar, pergunte se você pode ter uma reunião nesse horário. Familiarize-se com o ambiente de trabalho dos membros da sua equipe remota: se eles estiverem trabalhando em um hub diferente, reserve as melhores salas de reuniões possíveis para as pessoas no escritório remoto, conheça os principais tópicos administrativos do lugar para aprender, entenda as horas do café etc.
  • Arranje tempo para conversar. Reserve alguns momentos no início de cada reunião para se concentrar em coisas pessoais, como o jogo de futebol do seu filho ou as próximas férias de um membro da equipe. Falar sobre o que você fez no fim de semana não é “coisa fofa”. De fato, é crucial para construir relacionamentos e fortalecer a colaboração da equipe.
  • Recrie conscientemente o melhor da cultura em exercício. Não esqueça das pequenas coisas. Organize um happy-hour virtual ou uma sessão de café da manhã em que pessoas do mesmo setor (por exemplo, desenvolvimento de produtos) possam discutir seus desafios. Envie às pessoas um cartão/mimo de aniversário ou outras ocasiões especiais. Incentive que as pessoas se presenteiem e mostre que a empresa pode ajudar nisso.

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