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6 razões pelas quais tomamos decisões ruins e como melhorar isso

Algumas pesquisa mostram que uma pessoa comum toma cerca de 2.000 decisões a cada hora acordada. A maioria das decisões são sobre coisas menores e as fazemos instintiva ou automaticamente – o que vestir para trabalhar de manhã, almoçar agora ou em dez minutos, etc. Mas muitas das decisões que tomamos ao longo do dia são maiores, e assim podem ter maiores consequências. Aprender a tomar boas decisões é, sem dúvida, o hábito mais importante que podemos desenvolver, especialmente no trabalho. Nossas escolhas afetam nossa saúde, nossa segurança, nossos relacionamentos, como gastamos nosso tempo e nosso bem-estar geral.

Quando você tiver que tomar uma decisão importante, fique atento para:

1 – Cansaço para tomar decisões

Mesmo as pessoas com mais energia não têm energia mental infinita. Nossa capacidade de realizar tarefas mentais e tomar decisões fica mais difícil quando é feita a exaustão. Com tantas decisões a tomar, especialmente aquelas que têm um grande impacto sobre outras pessoas, é inevitável chegar num ponto que você só quer descansar e evitar tomar decisões maiores. Para evitar isso, identifique as decisões mais importantes que você precisa tomar e, sempre que possível, priorize seu tempo para que você as faça quando os níveis de energia forem mais altos.

2 – Distração e foco controlados

A avalanche de conteúdo que a tecnologia nos trouxe na última década deu início a uma era de conveniência sem precedentes. Mas também criou um ambiente onde a informação e a comunicação nunca cessam, somos bombardeados o tempo todo por emails, artigos, posts em redes sociais e propagandas, tanto que pesquisadores estimam que nossos cérebros processam cinco vezes mais informações hoje do que em 1986. Consequentemente, muitos de nós vivemos em um estado contínuo de falta de foco e lutamos para nos concentrar. Para combater isso, encontre tempo todos os dias para se desconectar dos e-mail, mídias sociais, notícias e do tsunami de conteúdo da Era da Informação.

É mais fácil dizer do que fazer, mas é viável se você fizer disso uma prioridade e buscar atividades que podem ser offline mesmo como correr e ouvir uma música, ler um livro, sair para jantar com sua galera ou namorado(a) ou brincar com as crianças (mas offline, nada de Galinha Pintadinha no celular 😛 ), assim você desliga um pouco e tem um momento de distração controlado, e rende melhor nos momentos de foco controlado.

3 – Falta de bons “inputs”

Certa vez vi um vídeo do Murilo Gun falando que nosso cérebro trabalha mais com combinações do que com criatividade, o que ele chama de Combinatividade, e que quando mais inputs ( entradas) melhor a qualidade dos outputs ( saídas ). A Kellogg School descobriu recentemente que, em uma reunião típica, uma média de três pessoas faz 70% das conversas. Como a autora Susan Cain descreve tão bem em seu livro Silêncio, muitos introvertidos relutam em falar em uma reunião até saber exatamente o que querem dizer. No entanto, esses membros de nossas equipes geralmente têm algumas das melhores ideias para contribuir, já que gastam muito do seu tempo pensando. Para contrariar esta tendência, envie uma agenda de reunião com 24 horas de antecedência para dar a todos tempo para pensar sobre as suas contribuições e trabalhe para definir uma cultura de reunião que permita às pessoas contribuir com as suas ideias após o término da reunião.

Fazendo isso, você estimula as pessoas a pensarem mais sobre o assunto, as dá tempo para terem ideias mais maduras na cabeça e poderá ter mais pessoas lhe dando feedbacks e ideias sobre aquele determinado projeto. Melhor ainda se você tiver uma equipe diversa em todos os sentidos, com muitas experiências diferentes, assim você receberá muitas ideias e feedbacks de naturezas diferentes e poderá os combinar da forma que leve a um melhor resultado ( sem esquecer de dar méritos a quem lhe ajudou, sempre).

Para os momentos de planejamento sozinho, ler diversas fontes de informação (as relacionadas a seu trabalho, e saber filtras as que realmente lhe ajudam) poderão lhe ajudar a ter mais idéias. Cuidado pra não consumir demais também, ache o seu ritmo e limite.

4 – Multitarefa nem sempre é bom

Ainda não há empregos que não requeiram pelo menos uma multitarefa. Embora isso seja a realidade, pesquisas mostram que boa performance, incluindo efetividade na tomada de decisões, tendem a ser piores em até 40% quando focamos em duas atividades cognitivas ao mesmo tempo.

Quando você precisa tomar decisões importantes, divida e se comprometa com vários blocos de tempo durante o dia para se concentrar profundamente na tarefa definida para cada bloco. Pensar em uma tarefa por vez aumentará a efetividade das decisões.

5 – Emoções

Passar por frustração, excitação, raiva, alegria, etc., é uma parte fundamental da experiência humana diária. Embora essas emoções tenham um papel significativo em nossas vidas, você provavelmente não precisa ver uma pesquisa para saber que nossas emoções, especialmente durante momentos extremos como pico de raiva e felicidade, podem atrapalhar nossa capacidade de tomar boas decisões. Decidir falar ou enviar um e-mail com raiva muitas vezes dificulta uma situação difícil, porque as palavras não saem corretamente. Para combater isso, preste atenção ao seu estado emocional e concentre-se na força do autocontrole do personagem. Resista à tentação de responder às pessoas ou tomar decisões enquanto você está emocionalmente sobrecarregado, de cabeça quente. Você pode sair do computador, se desligar do telefone e retornar a tarefa que você tem em mãos quando for capaz de pensar com mais clareza e calma. O bom e velho “Respire e conte até 10”!

Ter ond descarregar a energia também é bom, escrever isso me fez lembrar que em um momentos mais estressantes da minha vida comecei a fazer Muay-thay e como ficava tão cansado com o treino isso limpava minha mente além de ser um bom ambiente pra descontar todo o estresse (no saco de areia, não nos parceiros de treinos).

6 – Foco na tomada de decisão

Embora a Era da Informação nos tenha proporcionado uma abundância de informações, big data e métricas, também não há limite para a quantidade de informações que podemos acessar. E sabemos que quanto mais informações tivermos que considerar, mais demoraremos para tomar uma decisão. Embora o processo de tomada de decisão deva ser completo, a melhor maneira de tomar boas decisões geralmente não é levar mais tempo ou buscar mais informações. Em vez disso, revise as informações pertinentes necessárias, defina um prazo para tomar uma decisão e, em seguida, atenha-se a elas.

O consumo de conteúdo não deve ser exagerado ao ponto de mais atrapalhar do que ajudar, e só a prática lhe ajudará a achar um equilíbrio nisso.

Conclusão

As decisões que tomamos determinam nossa realidade. Elas afetam diretamente a forma como gastamos nosso tempo e quais informações processamos (ou ignoramos). Nossas decisões moldam nossos relacionamentos – e, cada vez mais, no mundo hiperconectado de hoje, as decisões contribuem para nosso nível de energia e para a eficiência com que somos nos vários aspectos de nossas vidas. Inevitavelmente, todos tomamos decisões ruins a cada dia. Mas, se tivermos consciência desses seis inimigos da boa tomada de decisões e tomarmos medidas para superá-los, poderemos tomar melhores decisões que tenham um impacto positivo sobre as pessoas com quem trabalhamos e lidamos diariamente, e também sobre os resultados que teremos por consequência.

Artigo originalmente publicado no Harvard Business Review e traduzido e adaptado por aqui ?

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