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Como a busca do Google funciona?

A busca do Google é certamente um dos algoritmos mais revolucionários criados na história da humanidade até os dias de hoje.

Dados de Outubro de 2023 fornecidos pelo StatCounter mostram que este buscador detém 91.55% da participação no mercado de mecanismos de busca em todo o mundo. Isso inclui 83.53% do mercado de desktops e 94.93% do mercado de mecanismos de busca para dispositivos móveis. Em segundo lugar, temos o Bing, da Microsoft, com apenas 3.11%, mostrando o gigantesco abismo entre as duas plataformas e o porque você sempre ouve profissionais de SEO falando do Google e raramente de outras.

Essa grande diferença permanece relativamente estável nos últimos anos, graças a resultados de pesquisa detalhados, análises aprofundadas e ofertas de serviços em evolução nos resultados de busca fornecidos.

Todos os dias, bilhões de pessoas recorrem ao Google para tirar suas dúvidas sobre todo e qualquer assunto, e os resultados costumam ser ótimos e sempre bem personalizados… Mas como isso tudo funciona?

Imagem com o G de Google no meio e diversas engrenagem em volta

Como funciona o algoritmo de pesquisa do Google?

A pesquisa é possível graças à um algoritmo complexo, totalmente automatizado, que utilizada seus robôs/bots conhecidos como Googlebot Crawlers ou Spiders para rastrear o conteúdo fornecido por websites em suas páginas (seja este conteúdo em forma de textos, imagens, vídeos ou até mesmo documentos).

O Google armazena e organiza o conteúdo encontrado durante o processo de rastreamento em seu índice. Quando um usuário pesquisa algo, os tais algoritmos procuram os termos de pesquisa no índice para encontrar as páginas apropriadas.

Vejamos mais detalhes sobre cada uma destas etapas mencionadas acima:

1 – Rastreamento (Crawling)

O Google descobre a existência dos sites basicamente ao encontrar links para estes sites presentes em outros sites já conhecidos por ele, ou através do cadastro deste novo site em sua ferramente Google Search Console, que é indispensável para quem quer ter uma visão bem detalhada de como o buscador vê o seu site.

Quando seu crawler descobre um novo site, ele começa uma extensa varredura deste site para, através dos seus links internos (links em qualquer posição numa página, como links em um menu, conteúdo da página, rodapé e afins) encontrar todas as páginas existentes neste site.

Quando um site já é conhecido, ele periodicamente irá voltar a ler este site e, para não perder tempo visitando tudo o que já conhece, ele pode ler apenas as novas páginas criadas se tal site fornecer uma lista de URLs e a data de publicação das mesmas. Isso é fornecido através de um arquivo no formato .xml provendo um mapa do site em um arquivo sitemap.xml (que pode ter outro nome contanto que respeite a formatação necessária).

2 – Análise e renderização (Rendering)

Quando que o bot visita uma página da web, ele analisa o código HTML e renderiza a página. Isso significa que ele interpreta a estrutura e o conteúdo da página, incluindo texto, imagens e outras mídias.

O Googlebot tem como objetivo simular como um usuário experimenta a página da web. Este processo é fundamental para a compreensão do conteúdo e do contexto da página, logo a usabilidade de um site tem total impacto em seus resultados.

3 – Indexação (indexing)

Após a análise e renderização, o Googlebot coleta as informações coletadas e as envia de volta aos servidores do Google. Aqui, os dados são adicionados ao índice do Google, um enorme banco de dados que armazena informações sobre todas as páginas da web que o Google descobriu.

O índice do Google contém detalhes importantes sobre cada página, incluindo tópicos principais abordados por essa página, os metadados fornecidos por essa página (tags de título, imagens, marcação de dados estruturados e demais metadados fornecidos no HTML da página), a qual grupo semântico (língua, assunto, universo taxonomico, etc) ela pertence, e muito mais.

Por grupo semântico, entenda que uma mesma palavra pode ter vários sentidos se aplicada em contextos diferentes, logo o Googlebot precisa ter a capacidade de entender, por exemplo, se um artigo sobre Flamengo está falando sobre o bairro da zona sul do Rio de Janeiro, no Brasil, América do Sul, ou se está falando do clube de de mesmo nome (entretanto, com sede em outro bairro) e que pertence ao universo dos esportes e não apenas ao futebol já que possui outras modalidades esportivas também (como Ginástica, e com atletas sendo citados como de tal clube quando ganham destaques na mídia)…

Já se você estiver em São Paulo e pesquisar por futebol ele entenderá que você provavalmente está buscando por times de tal cidade, mas isso pode mudar se você estiver apenas viajando e fazendo uma busca (nesse caso, não sendo um morador de São Paulo, como eu, apenas passeando por lá e já tendo feitos milhares de busca quando estou em minha terra natal).

Quando falamos de metadados da página, estes também podem ser utilizados para informar ao Google se uma página deve ou não ser indexada (através do uso da meta tag robots com o valor noindex presente nela), se ele deve seguir os links presentes nesta página (através do valor nofollow) ou até mesmo qual é a tag canonica desta página, o que permite evitar problemas de Conteúdo duplicado.

4 – Busca e Resultados de busca (Ranking)

Quando uma pessoa uma consulta, faz uma busca no Google, em alguns milisegundos o Google consulta as páginas correspondentes em seu índice e prioriza mostrar os conteúdos de mais alta qualidade e relevância, o que é determinado por vários fatores já mencionados anteriormente como relevancia, usabilidade, especialidade das fontes, além de ver a localização do usuário. São centenas de fatores, com pesos diferentes e que podem variar dependendo do tipo de busca feito.

A aparência dos recursos de pesquisa (como resultados locais ou resultados de imagem) muda com base na consulta do usuário, com o Google tentando entender sua intenção de busca e fornecer os melhores resultados para a busca feita naquele momento. Afinal, uma pessoa pode estar buscando apenas informações (busca informacional) ou até mesmo comprar algo (busca transacional).

Resumindo o que vimos neste artigo

  • Um mecanismo de pesquisa faz todo o seu trabalho através de seus algoritmos .
  • O objetivo dos algoritmos de pesquisa é retornar os melhores e mais relevantes resultados.
  • Para construir seu índice, ele rastreia páginas conhecidas e segue links para encontrar novas.
  • Diversos fatores de classificação do Google determinam os resultados orgânicos.
  • Os principais fatores de classificação incluem backlinks, relevância e qualidade.
  • O Google personaliza seus resultados com base em sua localização, idioma e histórico de pesquisa.

Conteúdos adicionais

O próprio Google faz um belo resumo destes pontos que falamos no início deste artigo:

Como a busca do Google funciona (em 5 minutos)

Se você prefere um ídeo mais detalhado e mais recente, recomendo assistir o curta-metragem de 1 hora mostrando ainda mais detalhes sobre como o Google funciona

Trilhões de busca, sem respostas fáceis: Um filme (caseiro) sobre como o Google funciona

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